Comercialização e consumo de pescado na região metropolitana de Cuiabá-MT: percepção da qualidade, formas de apresentação dos produtos e destino dos resíduos
Resumo
O consumo brasileiro de pescado é inferior à média per capita mundial, variando conforme a região. Portanto, objetivou-se caracterizar o perfil da comercialização e consumo de pescado na região metropolitana de Cuiabá-MT. Foram realizadas visitas a diferentes pontos de venda do produto, aplicando questionários a 242 voluntários (222 consumidores; 20 comerciantes), composto por 20 questões relacionadas ao perfil dos entrevistados (n=4), consumo (n=6) e preferências de compra (n=10) para os consumidores; e 07 questões sobre comercialização (n=6) e destino dos resíduos (n=1) para os comerciantes. Dos consumidores, 81,5% residem em Cuiabá, 51,4% são solteiros, 53% são do sexo feminino e cerca de 40,1% dos entrevistados consomem pescado 2 ou mais de 3 vezes na semana, com quantidade entre 100-200g (30,6%), sob a forma empanado e frito (32,9%) ou cozido em molho (22,5%), em casa (62,2%), mantendo estabilidade (48,2%) ou aumento de consumo (32,9%) nos últimos anos. A preferência de compra e comercialização é o filé (35,6%; 55%) refrigerado (59,0%; 90%) de espécies nativas (98%), em supermercados (50%), estando os consumidores satisfeitos (51,3%) quanto à qualidade do pescado. Na comercialização, o principal atributo avaliado é aparência (53,6%), com venda direta ao consumidor final (85,0%), nos fins de semana (47,0%). A maioria dos resíduos é descartado em lixo comum (75,0%). Sugere-se o desenvolvimento de campanhas publicitárias como estímulo de consumo dessa matéria-prima e da realização de tratamento ou controle eficiente dos resíduos gerados na comercialização, podendo ser uma fonte extra de renda, se os mesmos forem utilizados para o desenvolvimento de coprodutos.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rebrapa.v12n1.14560
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