MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS TETEIRAS E INCIDÊNCIA DE BACTÉRIAS CAUSADORAS DE MASTITE
Resumo
Os procedimentos durante a ordenha podem representar pontos críticos para a obtenção de um leite de qualidade e estão relacionados à higiene dos animais, ordenhador, ambiente e equipamentos. Foram conduzidos dois experimentos. No primeiro foi avaliada a eficácia da higienização das teteiras com duas fontes de cloro para desinfecção das teteiras: o hipoclorito de sódio e o cloro. No segundo experimento, coletaram-se amostras na linha de ordenha visando-se a identificação de fontes de contaminação como tanque de expansão, ordenhadeira, por meio de suabes nas teteiras e mãos dos ordenadores com relação a Staphylococcus e coliformes. Com relação à higienização das teteiras, o tratamento que proporcionou maior (p<0,05) redução decimal bacteriana foi a imersão em 300 ppm de cloro (1,0^4 log). As menores contagens (p<0,05) foram obtidas para os tratamentos que utilizavam após a imersão das teteiras duas a duas nas soluções desinfetantes, enxágue com água. No segundo experimento, o coeficiente de correlação entre Staphylococcus e CCS foi considerado baixo o que indica que, possivelmente, o agente causador da mastite, presente nas amostras, não eram somente bactérias pertencentes ao gênero Staphylococcus spp. Verificou-se em uma amostra de leite, contagens acima de 1,0 x 10³ UFC mL-1 de coliformes a 35 graus Celsius que é indicativo de falta de higiene no momento da ordenha. As contagens médias obtidas de Staphylococcus spp. do tanque foram abaixo da necessária para que a toxina estafilocócica provoque intoxicação alimentar e, das teteiras, inferior aos valores estabelecidos pela APHA para superfícies que entram em contato com os alimentos.
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PDFDOI: 10.3895/rbta.v10n2.2774
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