A importância do estudo da variação linguística dentro da disciplina da Libras no ensino superior

Silvia Andreis-Witkoski, Rita de Cássia Maestri, Giovana Maria de Oliveira

Resumo


A disciplina da Libras no Ensino Superior passou a ser introduzida nas grades curriculares dos cursos de formação de professores e fonoaudiologia exclusivamente a partir da determinação do Decreto nº 5.626/2005. Vale ressaltar que o próprio reconhecimento oficial da Libras, como meio legal de comunicação e expressão das pessoas surdas, ocorreu somente com a promulgação da Lei nº 10.436/2002. Deste modo, vê-se que até mesmo na legislação brasileira o status linguístico desta como língua deu-se apenas a partir deste período, sendo que ainda permanecem inúmeros mitos em relação às Línguas de Sinais. Diante desse quadro, considera-se fundamental desconstruir os preconceitos linguísticos em relação às Línguas de Sinais, discutindo as concepções subjacentes a elas e aos sujeitos surdos. Nesta perspectiva, entende-se ser fulcral que a variação linguística seja contemplada no currículo da disciplina da Libras, a fim de promover a compreensão de que, tal qual as línguas orais, as sinalizadas também se constituem legitimamente como uma língua, incorrendo nos mesmos processos de variações linguísticas, na medida em que este é um fenômeno intrínseco a todas as línguas. Por isso, no presente artigo, além de problematizar, a partir de uma abordagem histórica, alguns preconceitos remanescentes em relação às Línguas de Sinais e aos seus usuários, exemplifica-se o fenômeno da variação linguística com diferentes sinais que apresentam esta característica, com vistas a ampliar.


Palavras-chave


Língua de Sinais; Variação linguística; Preconceito linguístico; Ensino Superior

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DOI: 10.3895/rtr.v4n0.10725

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