CARACTERIZAÇÃO DOS CAFÉS PRODUZIDOS EM SOLOS BASÁLTICOS E ARENOSOS DO PARANÁ

Carla Adriana Pizarro Schmidt, Édison Miglioranza, Aline de Oliveira Garcia, Eric Batista Ferreira

Resumo


A logística de comercialização do Paraná, a semelhança do que ocorre com as regiões produtoras de vinho, propõe que os cafés produzidos no estado sejam separados segundo sua região de origem. O que caracteriza a cafeicultura paranaense é o fato de que ela está implantada em solos de origem basáltica e em solos oriundos do arenito Caiuá. Este trabalho foi desenvolvido buscando a caracterização fisico-química dos grãos e sensorial das bebidas dos cafés produzidos nos solos basálticos e sedimentares. Foram avaliados grãos da cultivar IAPAR 59, tendo sido realizadas as análises: classificação do tipo, cinzas, umidade, proteínas, lipídeos, fibras totais, acidez titulável, pH e índice de coloração. A análise descritiva quantitativa (ADQ®), foi feita por oito provadores treinados, para duas amostras compostas de grãos colhidos em solos arenoso e argilosos com duas intensidades de torras, obtendo-se notas em escala de um a dez para atributos como: fragrância, aroma, defeitos, acidez, amargor, sabor, sabor residual, adstringência, corpo e qualidade global. Os provadores treinados não detectaram diferenças entre os cafés oriundos das diferentes formações dos solos em nenhuma das intensidades de torra. Na torra escura os provadores detectaram aumento no amargor e na adstringência e redução no sabor, acidez, aroma e fragrância. Independentemente da textura ou origem do solo os cafés apresentaram bom corpo e baixa acidez. O teor de lipídios foi menor no café produzido no arenito.


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DOI: 10.3895/S1981-36862012000100008

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