Qualidade e produtividade de mandioca (Manihot esculenta Crantz), variedade ‘Pessegueira’, em função de épocas de colheita e condições edafoclimáticas
Resumo
A mandioca (Manihot esculenta, Crantz) é muito apreciada na culinária dos gaúchos, no entanto, a possibilidade de ocorrência de podridões, maior aderência da casca e tempo de cozimento prolongado durante o inverno diminui a qualidade e comercialização. O objetivo deste trabalho foi de avaliar a produtividade e a qualidade da var. ‘Pessegueira’, colhida em três épocas, incluindo o inverno. Raízes colhidas aos oito meses apresentaram tempo de cozimento de 15,3 min, matéria seca da polpa (MSP) de 40,4%, leve aderência da casca e produtividade de 53,5 t ha-1. Aos 10 meses, o tempo de cozimento foi de 22,3 min, 41,5% de MSP, a casca teve média aderência e a produtividade foi de 53,6 t ha-1. Nesta colheita, 5% das raízes apresentaram estrias negras e necessitaram 45,2 min para cozimento. Na colheita realizada aos 12 meses, o tempo de cozimento aumentou para 33,9 min, a MSP ficou em 35,2%, a casca apresentou forte aderência e a produtividade foi de 54,1 t ha-1. Nesta época, 15,3% das raízes apresentaram podridões avançadas e, 37,5% com podridões internas (externamente não visíveis) e estrias negras na polpa; estas necessitaram 48,6 min para cozimento. Conclui-se, portanto, que é mais apropriado realizar a colheita aos oito meses, com tempo de cozimento 30% menor que aos 10 meses e 50% menor que aos 12 meses, a casca soltou-se muito facilmente e não houve diferença na produtividade. Além disso, a colheita durante ou após o inverno chuvoso, aumentou significativamente a ocorrência de estrias negras e podridões generalizadas nas raízes.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rbta.v18n2.18156

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