Determinação de minerais em hortaliças orgânicas e convencionais cultivadas no vale do Taquari, RS
Resumo
O consumo de hortaliças tem sido estimulado pelos benefícios no combate às deficiências de vitaminas e sais minerais, contribuindo também, na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Esses alimentos são importantes para uma dieta saudável, pois são fontes de alguns componentes funcionais. A agricultura orgânica não utiliza produto químico no processo produtivo, em contrapartida à agricultura convencional, cujo objetivo principal é o uso intensivo de terras e de tecnologias, emprega grande quantidade desses produtos. As hortaliças produzidas nas duas formas de cultivo possuem metais, necessários em pequenas quantidades na dieta dos seres vivos, porém níveis excessivos desses elementos podem ser extremamente tóxicos. O objetivo desse trabalho foi avaliar e comparar o teor de Na, K, Ca, Mg, Cu, Zn, Fe e Mn em amostras das porções comestíveis das hortaliças beterraba, cenoura, espinafre e repolho in natura de sistemas de cultivo orgânico e convencional produzidas no Vale do Taquari, RS. As análises foram executadas conforme metodologia oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O teor médio de sódio das hortaliças orgânicas analisadas foi maior que das convencionais. A hortaliça que apresentou maior quantidade de ferro foi o espinafre convencional, 5,18 mg/100 g. Somente houve diferença estatística significativa (p < 0,05) do cultivo orgânico em relação ao cultivo convencional para a hortaliça espinafre – para o mineral manganês - e para a hortaliça cenoura – para os minerais manganês e ferro. Nas condições deste estudo as culturas orgânicas de beterraba, cenoura, espinafre e repolho não apresentaram qualidade nutricional superior em relação às convencionais.
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PDFDOI: 10.3895/rbta.v9n1.1448
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