O quinto itinerário na reforma do ensino médio: contextos emergentes/reincidentes

Resumo

Este artigo analisa as reincidências da aproximação entre formação para o trabalho e ensino regular, ora caracterizada pelo afastamento, numa polarização entre o caráter propedêutico e profissionalizante, nas reformas direcionadas ao Ensino Médio. Como ponto focal da problematização envolvida em tal análise, realizadas por meio da pesquisa de abordagem qualitativa, está a criação do quinto itinerário na perspectiva da mais recente reforma do Ensino Médio (dada pela Lei n°13.415/2017, ajustada pela Lei n°14.495/2024) e, que ocupa a parte diversificada do currículo. Sendo a outra parte do currículo a cargo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O artigo se baseia nos resultados dos estudos bibliográficos e documentais realizados no escopo de pesquisa de mestrado do Programa de Pós-graduação em Educação. Busca-se indicar as regularidades encontradas no que se considera o ideal para o Ensino Médio desde 1953, quando houve a proposta de inclusão das atividades práticas, como artes industriais, agricultura, comércio e economia doméstica. Essa noção de conciliar a educação geral com a preparação para o trabalho aparece como recurso nas reformas do Ensino Médio, o que se faz presente via Educação Profissional e Tecnológica (EPT) recentemente. Quanto ao quinto itinerário, destaca-se as potenciais dificuldades de sua operacionalização por parte das redes estaduais, ao mesmo tempo em que há os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) fazendo um trabalho louvável pautado na integração entre Ensino Médio e Educação Profissional.