NAPNE e os desafios para uma Educação Inclusiva nos Institutos Federais

Resumo

O atendimento aos estudantes público-alvo da Educação Especial – EE tem avançado e alcançado novos espaços, garantido pelos dispositivos legais, como o direito a inclusão em todos os níveis de ensino em classes regulares, com direito a currículos, metodologias e recursos adequados às necessidades específicas de cada estudante. Na Rede Federal de ensino, a Lei n°13.409/2016 estabelece a reserva de vagas destinadas a esse público. Além do acesso, há as políticas de permanência através das ações de apoio e acompanhamento, desenvolvidas pelos Núcleos de Atendimento/Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNEs). Considerando as especificidades do público-alvo e o sistema escolar analisado, o nosso estudo pretende investigar os desafios para a inclusão nos cursos profissionalizantes do Instituto Federal de Educação do Paraná (IFPR) a partir da percepção dos coordenadores dos NAPNEs, de forma a identificar os avanços da área e as demandas ainda negligenciadas pelas políticas educacionais. A pesquisa é de caráter exploratório, de cunho qualitativo, associada ao estudo de campo. Para a coleta de dados utilizamos como instrumento um questionário (Google Forms), aplicado aos coordenadores do Napne de cada campus do IFPR, fundamentado na legislação educacional e nos documentos institucionais. Evidenciou-se que embora os avanços têm se mostrado crescentes, ainda há muitos obstáculos como: a formação inicial e continuada insuficiente, a falta de profissional da Educação Especial presente em todos os campi, e a quase ausência de uma cultura para uma educação de respeito às diferenças. O estudo mostra um avanço no que diz respeito à promulgação de legislações educacionais, entretanto, na prática, constata-se que ainda há muitos obstáculos a avançar em aspectos como: formação, recursos humanos, tecnológicos e arquitetônicos, os quais promovam a inclusão efetiva.