Uma “nova arquitetura na gestão” Educação em Tempo Integral proposta pela Fundação Itaú Social

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar a proposta de uma “nova arquitetura na gestão” da educação básica em tempo integral (ETI) pela Fundação Itaú Social (FIS). Para isso, interrogamos quais são as novas tendências das políticas educacionais públicas voltadas quanto a oferta e a gestão da educação escolar em tempo integral. O referencial teórico-metodológico fundamenta-se no materialismo histórico. Trata-se de uma pesquisa de natureza documental e bibliográfica de cunho qualitativo, cuja a análise aborda os marcos legais que proporcionaram a ampliação da permanência das crianças e dos adolescentes na escola, o contexto histórico e político de sua regulamentação e a atuação da Fundação Itaú Social (FIS) nesse processo. Os dados obtidos revelam que, desde a década de 1950, quando  as primeiras inciativas políticas para a promoção da ETI foram desenvolvidas, havia a perspectiva de que o Estado fosse responsável por sua oferta e gestão, porém, nos atuais encaminhamentos da política educacional, em que se verifica a redefinição do papel do Estado e o redimensionamento das relações entre o público e o privado ancorados no modelo de governança gerencial, há uma tendência de ampliação da atuação do setor privado na educação pública e de redirecionamento da sua gestão envolvendo novas articulações em que a parceria se torna a política pública.