O PASSADO E A NECESSIDADE DE RUPTURA NO DISCURSO DA IMPRENSA SOBRE A PRIVATIZAÇÃO DAS TELECOMUNICAÇÕES

Fernando Felício Pachi Filho

Resumo


Este artigo analisa a função da representação do passado no discurso de jornais sobre a privatização das telecomunicações no Brasil. Por meio dos referenciais teórico-metodológicos da Análise do Discurso de linha francesa, observamos a inserção do acontecimento da privatização num eixo temporal em que a representação do passado contribui para que a privatização seja considerada uma ruptura, um evento fundador. Isso ocorre porque há reforço do discurso sobre a incapacidade de o Estado de gerir estas empresas, fator que teria levado ao caos nas telecomunicações e prejudicado a vida dos consumidores-cidadãos brasileiros. Alimenta-se assim o imaginário de um passado maléfico para a sociedade, devendo, portanto ser rejeitado em sua continuidade. Por esta razão, promove-se no discurso uma ruptura com este passado, estabelecendo na privatização o símbolo do novo. Naturaliza-se assim um sentido negativo para o passado.

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DOI: 10.3895/rl.v0n10.2400

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