MEMÓRIA E FICÇÃO EM AS PARCEIRAS DE LYA LUFT

Risolete Hellmann

Resumo


Este ensaio levanta questionamentos sobre a forma como Lya Luft trabalhou a questão do discurso memorialístico na obra As Parceiras (1980), apropriando-se do gênero diário para elaborar seu romance. Buscamos contribuições acerca de textos memorialísticos/ autobiográficos no percurso da narrativa brasileira. Comparamos a prática escritural de Lya Luft com os autores Graciliano Ramos e Monteiro Lobato, cujos textos permitem à crítica encontrar parâmetros para essa textualização do eu. A obra luftiniana não é, a priori, um texto memorialístico dentro dos moldes tradicionais considerados para classificar uma obra como autobiográfica: autora, narradora e personagem não são idênticas, isto é, o EU indivíduo real, autora, Lya, não é o mesmo EU ficcional, narradora-protagonista. Lya Luft cria uma personagem central, Anelise, que narra as suas memórias em forma de diário.  No entanto, questões referentes à memória são evidentes dentro do texto e da forma ficcionais, as quais nos remetem ao lugar da ficção e crítica produzidas no Brasil.

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DOI: 10.3895/rl.v12n12.2373

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