Multiculturalismo e identidade: a construção da angolanidade em Filhos da Pátria, de João Melo.
Resumo
O presente artigo analisa a caracterização da identidade nacional angolana, através da expressão do multiculturalismo, especificamente na obra Filhos da Pátria (2008), de João Melo. Acredita-se que essa análise se faz pertinente uma vez que o livro é um exemplo importante de literatura engajada ao contexto social de Angola e de África. Na obra são retratadas as facetas da sociedade angolana, a qual é perpassada pela era colonial, marcada pela imposição da cultura europeia e que influenciou diretamente a crise de identidade nacional, e pela diversidade étnica, hoje reconhecida em Angola. Entende-se que Filhos da Pátria (2008) mostra aos leitores a multiplicidade das experiências dos sujeitos que convivem em um espaço territorial assinalado pela exploração e pobreza, mas também pelas lutas e vitórias de um povo. Este estudo reflete acerca do conto “Shakespeare Ataca de Novo” (2008) que é representativo da temática do multiculturalismo. A análise baseada nas contribuições de pesquisadores como Mesquitela Lima (1997) e Rita Chaves (2005) mostrando que o presente conto representa um olhar para a multiplicidade e a riqueza das experiências dos sujeitos que convivem em um espaço territorial assinalado pela luta contra a dominação.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rl.v24n45.13179
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