Determinação do teor de cinzas e íons sódio em amostras comercializadas de macarrão instantâneo

Resumo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) idealiza um consumo diário de até 2 g de sódio por dia; entretanto, alimentos ultraprocessados tendem a conter quantidades elevadas de sal, favorecendo a ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis. Com base nisso, visou-se quantificar as cinzas e sódio que compõem macarrão instantâneo, em amostras de três marcas diferentes, no sabor carne, galinha e galinha caipira. A determinação de sódio se deu pelo método de Mohr, e a determinação de cinzas pela calcinação do produto, ambas metodologias baseadas no livro de análises de alimentos do Instituto Adolfo Lutz; alíquotas das amostras para determinação de sódio por fotometria de chama foram encaminhadas para laboratório terceirizado, possibilitando fazer comparativos entre as metodologias e o rótulo do produto. O teor de cinzas variou de 3,4 g a 4,7 g em 85 g de produto, já o de sódio de 1,1 g a 1,7 g. A marca “C” excedeu o teor de sódio estabelecido pela ANVISA de 1.840 mg/100g de produto para os 3 sabores. Para as marcas “A” e ‘B”, o sabor galinha caipira é que demonstrou os maiores teores. Os dados coletados receberam tratamentos estatísticos, de modo a perceber que as cinzas e sódio tiveram comportamentos parecidos, de que no macarrão a marca B se sobressai significativamente, e no tempero as três marcas são significativamente diferentes, se sobressaindo a marca C. Correlacionando os dois métodos de mensuração de sódio, as determinações do tempero apresentaram relação linear, indicando não haver diferenças significativas entre as metodologias.