Prospecção de tecnologias relacionadas ao cupuaçu (Theobroma grandiflorum)
Resumo
O objetivo desse trabalho foi realizar uma prospecção tecnológica sobre o cupuaçu. Para tal, foi feita uma busca nas bases de patentes do Escritório Europeu de Patentes (Espacenet) e do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), incluindo todas as patentes depositadas até novembro de 2020, e utilizando os termos “cupuaçu” ou “Theobroma grandiflorum” ou “cupuassu” (apenas na Espacenet). Foram recuperados 59 documentos de patente nessas bases, sendo o ano de 2017 com maior número de depósitos no INPI (3 patentes) e os anos de 2007, 2008, 2009 e 2016 no Espacenet (4 patentes cada). Japão (26%), China (23%) e Brasil (23%) são os principais países detentores das tecnologias associadas a essa matéria-prima. O maior número de patentes depositadas nacionalmente é proveniente da região norte (62%), especialmente de instituições públicas (Universidade e Instituto Federal). Um número expressivo de patentes internacionais (29 documentos, segundo o Espacenet) estão relacionadas a manteiga do cupuaçu, com aplicações principalmente para a indústria de cosméticos. Em contrapartida, a maioria das patentes depositadas nacionalmente (7 documentos, segundo o INPI), aplicaram a polpa, semente, fruto ou manteiga do cupuaçu como ingredientes em alimentos. Com esses resultados, conclui-se que a quantidade de patentes relacionados ao cupuaçu é um tanto quanto baixa e a exportação da sua semente (matéria-prima da manteiga) e seu uso para o desenvolvimento de novos alimentos podem ser intensificados.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rebrapa.v14n1.14883
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