O currículo de física em movimento: compreender os processos históricos do conhecimento em uma perspectiva antirracista
Resumo
Este artigo traz resultados de uma dissertação — do Mestrado Profissional em Ensino de Física (MNPEF), polo 21, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG — a qual teve como objetivo central, investigar como o Ensino de Física pode contribuir para uma educação antirracista, a partir da vivência de uma Unidade de Aprendizagem sobre as tecnologias desenvolvidas por africanos(as) e afro-brasileiros(as) escravizados(as) no período escravista criminoso no Brasil. A fim de atingirmos tal objetivo, analisamos uma Unidade de Aprendizagem no contexto do Ensino de Física vivenciada por estudantes do primeiro ano do ensino médio de uma escola Estadual em Porto Alegre (RS). Ao longo da vivência buscamos responder as duas questões: (a) Como o Ensino de Física pode contribuir para uma educação antirracista e desenvolver metodologias que dialoguem com a legislação vigente, contribuindo para o exercício da cidadania e para a formação científico-tecnológica no seu contexto político-social?; (b) Como a utilização da Física relacionada aos equipamentos desenvolvidos pelos africanos(as) escravizados(as) no período escravista criminoso no Brasil, pode ser uma estratégia para abordar a história e cultura africana e afro-brasileira visando uma educação antirracista?. Utilizamos a Análise Textual Discursiva (ATD), de Moraes e Galiazzi (2013) em que o corpus da pesquisa para análise constituiu-se pelas produções escritas e diálogos dos estudantes e do professor durante a vivência da Unidade de Aprendizagem. Identificamos como resultado duas categorias: “Currículo em Movimento” e “Descolonizar o currículo de Física”.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rbect.v12n1.9601
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