Ciberidentidades nos anos finais do Ensino Fundamental Público: relações no processo de ensino e aprendizagem

Resumo

Este estudo objetiva compreender e analisar as construções identitárias formadas em interação com a virtualidade de alunos do Ensino Fundamental público. Utiliza-se de abordagem qualitativa e da pesquisa-ação como estratégia, e traz como participantes do estudo dez alunos integrantes do núcleo de tecnologias, cujo faz parte da divisão setorial multisseriada do Ensino Fundamental público de um colégio estadual situado na periferia de um município do Centro-Oeste do Estado do Paraná. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: a) diário de bordo com anotações das observações realizadas pela pesquisadora no sentido de organizar tabelas; b) curso de extensão via plataforma Moodle. Os resultados mostram que a geração contemporânea constrói suas identidades não apenas no espaço/tempo real, mas também no espaço/tempo virtual. As ciberidentidades que se formam no espaço e tempo digital buscam atender a multiplicidade de experiências proporcionadas pelas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, a constituir novos paradigmas sociais e educacionais. Constatou-se que o tempo em que os participantes passam diante das telas de seus aparatos tecnológicos, influencia suas relações e comportamentos a partir dos meios digitais, fazendo com que suas identidades assumam formas múltiplas atendendo às suas necessidades momentâneas, isto é, uma aceitação refletida nas redes sociais. Para os participantes, os processos escolares se distanciam de suas ações cotidianas no que diz respeito ao uso das tecnologias digitais, porém, as suas habilidades se restringem às redes sociais e aos jogos on-line. Desse modo, verificou-se que existem diferenças nas formas como os participantes constroem suas identidades na atualidade, assim, há necessidade de repensar algumas práticas para o processo de ensino e aprendizagem, a considerar as tecnologias como recurso de linguagem digital para o conhecimento.