Subjetividade e formação docente em um sistema municipal de educação infantil: desafios em tempos de pandemia
Resumo
O isolamento social decorrente da pandemia de COVID-19 suspendeu as aulas desde março de 2020 na maior parte das cidades do país e passou a exigir dos educadores uma postura crítica e criativa, capaz de gerar alternativas diante do imprevisível que se presentificou em nossas vidas. Nesse contexto, o trabalho desse artigo, que se integra à pesquisa mais ampla, propõe compreender processos da formação docente como parte da multidimensionalidade do funcionamento de um sistema municipal de Educação Infantil, por meio da compreensão de como professoras subjetivam uma vivência formativa. Com base na Teoria da Subjetividade e na correspondente Epistemologia Qualitativa de González Rey, abordam-se sentidos subjetivos produzidos pelas professoras como grupo social e a forma como essa produção se configurou, nesse contexto de exceção, como resposta possível à formação profissional e à imposição da tecnologia em suas práticas cotidianas. Para além de aspectos que singularizam a experiência desse grupo social, a construção-interpretativa traz, também, a produção particular da subjetividade individual de uma dessas docentes, considerando que a experiência formativa se constituiu para a professora como contexto favorecedor de aprendizagem sobre a função e os processos da educação escolar na primeira infância em relação à sua trajetória docente.
Palavras-chave
DOI: 10.3895/rbect.v15n1.14796
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