Jogos para o Ensino de Física, Química e Biologia: elaboração e utilização espontânea ou método teoricamente fundamentado?

Sérgio Choiti Yamazaki, Regiani Magalhães de Oliveira Yamazaki

Resumo


Neste artigo avaliamos trabalhos acessíveis na internet que dizem respeito a pesquisas empíricas cujo foco é a análise do potencial de ensino-aprendizagem de conteúdos científicos por meio de jogos pedagógicos ou de atividades lúdicas. Nossa  intenção é a verificação dos usos que os autores fazem de referências teóricas das diversas linhas de pesquisa  –  epistemológicas, educacionais, ou sociológicas  –  para fundamentar seus projetos de intervenções didáticas e para avaliá-los quanto às possibilidades de aprendizagem que os instrumentos podem proporcionar. A questão que norteou esta análise pode ser posta como a que segue: os jogos-pedagógicos, elaborados e utilizados pelos autores dos artigos analisados, se fundamentam em quadros teóricos academicamente aceitos ou são baseados em pressupostos espontâneos? Nossos resultados apontam que os jogos não se utilizam de pressupostos teóricos tanto na elaboração quanto na avaliação dos resultados, o que parece se constituir como uma questão problemática por levar à compreensão de que se trata de projetos com regras arbitrárias e inspirados em concepções socialmente incorporadas e espontâneas por natureza.


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DOI: 10.3895/S1982-873X2014000100009

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