O casamento por amor de Lizzy Bennet: a heroína que se opôs a ideologia dominante

Magda Solange da Silva

Resumo


Dentro da perspectiva histórica e literária inglesa do final do século XVIII e início do século XIX, este trabalho tem como objetivo analisar a importância das uniões conjugais, especificamente, destacando o papel feminino na contextualizada sociedade inglesa daquela época. O corpus selecionado para a pesquisa foi o livro escrito por Jane Austen, publicado em 1813, Orgulho e Preconceito, que traz na trama quatro casamentos bem sucedidos, tanto amorosamente quanto convenientemente. Por meio do referencial teórico e análise da obra, buscou-se evidenciar como, em uma sociedade de opiniões formadas relacionadas à constituição familiar, a conquista de um bom casamento, para a mulher, naquela época e naquele contexto era importante. Significava ser invejada por qualquer outra, pois casamento expressava segurança financeira, ascensão social e garantia da boa moral e conduta, além de evitar ser escandalizada pela própria sociedade caso não arranjasse um marido. Porém, no romance, observando os sinais da protagonista Elizabeth Bennet, a autora mostra que nem toda mulher seguia as tradições impostas pela sociedade. Elizabeth Bennet era uma mulher a frente de seu tempo, bem como Jane Austen que revela no seu escrito uma orquestra de olhares, perspectivas e frustrações não muito diferentes do que encontramos hoje no século XXI.

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DOI: 10.3895/rl.v19n27.3256

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