A música é uma tecnologia?
Resumo
Este artigo investiga as interfaces entre música e tecnologia através da análise das quatro dimensões da tecnologia propostas por Mitcham (1994): como objeto, como conhecimento, como atividade humana e como volição, aplicando-as às definições de música e outras concepções. Partindo da pergunta central sobre se a música pode ser considerada uma forma de tecnologia, o estudo utiliza uma metodologia qualitativa e interdisciplinar, combinando revisão bibliográfica e análise conceitual. O artigo explora diferentes abordagens filosóficas sobre a tecnologia; além de Mitcham (1994), Ortega y Gasset (1963) e Vieira Pinto (2005) complementam a discussão sobre a tecnologia. Em seguida, analisa-se a materialidade e a significação do som com base em Cespedes (2019), Sterne (2020), Menezes (2003), Roederer (2002) e outros estudos. O artigo prossegue realizando uma análise da dimensão simbólica e cultural do som, conforme Cassirer (2021) e autores relacionados. Por fim, analisa as interfaces entre música e tecnologia, aplicando as teorias da Filosofia da Tecnologia à Música, conforme discutido por Xenakis (1992), Candé (2001) e outros teóricos. Com isso, o objetivo do texto é oferecer uma aplicação das teorias tecnológicas ao contexto criativo e estético da música, proporcionando novas perspectivas teóricas que visam contribuir para a compreensão das interfaces entre música e tecnologia, promovendo um entendimento integrado e interdisciplinar.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rl.v26n48.18901
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