Influência da adenoidectomia e/ou amigdalectomia no sistema estomatognático e na qualidade de vida de crianças respiradoras orais

Resumo

OBJETIVO: Descrever a influência da adenoidectomia e/ou amigdalectomia no sistema estomatognático e na qualidade de vida de crianças respiradoras orais.

MÉTODOS: Trata-se de um estudo de intervenção, analítico e de caráter quantitativo.  Participaram crianças de quatro a 12 anos de idade, diagnosticadas como respiradoras orais, com indicação para a realização de adenoidectomia e/ou amigdalectomia, por um médico otorrinolaringologista. A avaliação fonoaudiológica foi baseada no protocolo MBGR e foi aplicado um questionário de qualidade de vida, com os pais e/ou responsáveis das crianças no momento pós-cirúrgico. Os dados foram analisados de forma descritiva e inferencial. Utilizou-se o software SPSS 25.0. A descrição das variáveis qualitativas nominais foi realizada por meio de frequência relativa e da frequência absoluta. Considerou-se o nível de significância de 5% em todas as análises inferenciais.

RESULTADOS: Participaram do estudo 30 crianças respiradoras orais, com idade média de 7 anos e cinco meses. 24 crianças (80%) realizaram cirurgia de adenoamigdalectomia, 5 (16,67%) tonsilectomia e 1 (3,33%) adenoidectomia. Houve diferença estatística nas estruturas orofaciais quanto à postura habitual da língua e mobilidade de lábios, nas funções estomatognáticas de deglutição e de mastigação e na associação entre queixa de sono e modo respiratório. Sobre o questionário, observaram-se diferenças estatisticamente significantes em todos os aspectos avaliados, demonstrando resultados satisfatórios no momento pós-cirúrgico.

CONCLUSÕES: Após a intervenção cirúrgica algumas funções e estruturas apresentaram melhora, porém em muitos casos foi necessário o encaminhamento para tratamento fonoaudiológico. Em segundo a percepção dos pais, ocorreu melhora de todos os aspectos avaliados em relação à qualidade de vida das crianças.