ANÁLISE DOS IMPACTOS SOCIECONÔMICOS DA PROIBIÇÃO DA EXPORTAÇÃO DE BOVINOS VIVOS NO BRASIL
Resumo
Este estudo avalia os impactos socioeconômicos da proibição da exportação de bovinos vivos no Brasil, um tema de crescente debate devido às preocupações com o bem-estar animal e questões econômicas. A análise é baseada na aplicação da Matriz de Insumo-Produto para simular dois cenários: (1) abate dos bovinos no Brasil, com exportação de carne e subprodutos, e (2) abate no Brasil para consumo interno. Os resultados indicam que a transição para a exportação de carne processada poderia gerar benefícios econômicos significativos, como aumento do valor agregado, maior geração de empregos formais e maior arrecadação tributária. Adicionalmente, o consumo interno de carne e subprodutos também apresenta margens econômicas relevantes. O estudo destaca a importância das regiões com maior produção bovina, como Mato Grosso e Goiás, que seriam mais beneficiadas pela mudança. Em conclusão, a transição da exportação de bovinos vivos para exportação de carne processada e/ou consumo interno poderia impulsionar o desenvolvimento econômico regional e nacional, favorecendo a indústria de carne processada e alinhando o Brasil com padrões internacionais de bem-estar animal.
Palavras-chave
Bem-Estar Animal; Desenvolvimento Regional; Exportação; Impacto Econômico; Matriz de Insumo-Produto
DOI: 10.3895/rbpd.v14n2.19680
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