Protecionismo e medidas sanitárias e fitossanitárias nas exportações avícolas brasileiras

Márcio Alberto Goebel, Mirian Beatriz Schneider

Resumo


O  incremento constante do comércio internacional nas últimas décadas despertou o debate em torno da sanidade alimentar e o acionamento dos mecanismos de Medidas Não-Tarifárias (MNT) suscitadas pelos membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1995. Um componente desse mecanismo é o acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS), que visa normatizar as relações comerciais entre os países a partir de regras que deem sustentação à segurança alimentar. Este trabalho pretendeu a partir de uma Revisão Bibliográfica Sistemática (RBS) e uso de dados secundários, dentro de uma perspectiva descritiva, verificar a existência de medidas SPS especificamente para o setor avícola brasileiro a partir do Sistema Harmonizado (HS04). Os resultados mostraram um aumento nas notificações SPSs na OMC desde a sua criação em 1995, que paralelamente acontece com o crescimento das exportações mundiais, exceto em momentos históricos de crise econômica mundial, como aconteceram nos anos de 2000, 2006, 2009, 2012, 2013, 2016 e 2017, considerando efeitos em anos próximos. O Brasil também se destaca como um dos maiores utilizadores do sistema de notificações da OMC, porém também sofre com elevado número de questionamentos, com maior frequência da União Européia. O Brasil, e em especial os estados da Região Sul, se destacam entre os maiores exportadores de carne de frango do mundo.

Palavras-chave


Comércio Internacional; Barreiras Não-Tarifárias; Exportações Avícolas.

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DOI: 10.3895/rbpd.v13n3.15463

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