Uma análise do conteúdo de genética no ensino fundamental conforme a BNCC

Rafaela Pinheiro Diniz Freitas, Elisângela Sousa de Araújo, Maria de Fátima Sousa Silva, Hellen José Dayane Alves Reis

Resumo


O ensino de ciências vem passando por constantes transformações e, a cada novo governo, ocorre um surto reformista atingindo, principalmente, a educação básica. As atuais propostas curriculares trazidas após a homologação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) servem de orientação para que escolas públicas e privadas elaborarem seus currículos. A BNCC é um documento de caráter normativo, com adesão obrigatória em todo território brasileiro. Deste modo, o presente artigo objetivou analisar por meio de um levantamento bibliográfico através de artigos nas bases da SCIELO, SCIENCE DIRECT, ELSEVIER E CAPES, BDTD, TCCs, revistas, livros e documentos oficiais do governo o que propõe a BNCC nos objetos de conhecimento que contemplam a genética nos anos finais do Ensino Fundamental.  Ao observamos o sumário e a abordagem de alguns livros didáticos de ciências aprovados pelo PNLD-2020, o principal recurso didático disponível para o professor, percebemos que a linguagem e os conceitos dos termos genéticos empregados no ensino fundamental seguem as mesmas características das observados para o ensino médio, ou seja, presença de uma linguagem inadequada, com conceitos isolados, mal sintetizados e sem contexto histórico. A introdução da genética no Ensino fundamental pode ser considerada positiva quando acompanhada de uma discussão mais interdisciplinar usando a matemática, a química e concatenada com o conhecimento adquirido em ano anterior. Essas habilidades relacionadas à matemática e à química precisam ser estudadas em ano anteriores ou no mesmo ano, pois esses conhecimentos prévios precisam estar consolidados para que seja possível desenvolver as habilidades propostas para o ensino da genética. Grande parte das dificuldades associadas ao ensino da genética, não se restringem apenas as mudanças recentes nas orientações de formação do currículo, visto que essas dificuldades são antigas e recorrentes, mas em grande parte, aos problemas que se concentram na maneira em como a genética vem sendo ensinada e que a formação inicial do professor esteja intimamente relacionada à forma em como ele compreende e, posteriormente, ensina a genética. Diante de muitas discussões sobre o tema, espera-se que futuramente haja uma amenização em tais problemas, talvez, a esperança esteja em quem estará inteiramente envolvido no processo de ensino, ou seja, o professor.


Palavras-chave


Base Nacional Comum Curricular; Ensino de ciências; Ensino de genética no ensino fundamental

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DOI: 10.3895/rbect.v14n3.13747

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