Habermas, Ratzinger e Sloterdijk: considerações sobre ética e técnica

Edilene M. de Carvalho Leal

Resumo


Esse artigo apresenta alguns elementos de dois debates teórico-sociológicos ocorridos na Alemanha entre 2002-2004. O primeiro, que constitui o foco direto deste trabalho, é o debate – formalmente inexistente – entre Habermas e Sloterdijk cujo tema é a relação entre os avanços da técnica moderna de produção de seres humanos e a necessidade de constituição de uma ética que estabeleça seus limites estritos. O segundo debate, travado entre Habermas e Ratzinger, atualiza a discussão sobre se o Estado democrático tem efetiva autonomia para constituir sua legitimação, frente à pluralidade valorativa e tradições religiosas que caracterizam as sociedades contemporâneas. O inusitado desses debates não é a confluência de temas que, em linhas gerais, tem a ver com a relação entre técnica e ética em seu aspecto biológico-ontológico de manipulação genética da vida humana, mas o fato de que o filósofo da modernidade pós-metafísica, Habermas, aproxima-se mais da concepção neo-kantiana e metafísica do então Cardeal Ratzinger do que do cinismo crítico de Sloterdijk; e este mais se aproximaria da crítica da razão e da descrença de Ratzinger do que da fé habermasiana no poder emancipatório da razão moderna.

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DOI: 10.3895/rts.v6n10.2546

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