Faustino e o ciclo do demônio logrado na literatura infantil

Guilherme Magri da Rocha, Maira Angélica Pandolfi

Resumo


Ainda que um tempo considerável tenha se passado desde o início da produção dos primeiros livros para crianças, no final do século XVII, não são poucas as obras de literatura dita infantil que ainda carregam consigo a chave moralizante da tradição pedagógica, que marcou o começo do gênero. Felizmente, este não é o caso de Faustino, um Fausto nordestino, texto de Eliane Ganem que recebeu os prêmios Prêmio INACEN de Dramaturgia e Patativa do Assaré do MinC, sobre a qual este artigo se propõe a apresentar uma possibilidade de leitura. Trata-se de um texto polissêmico em que a escritora constrói como protagonista aquele personagem cuja história é um dos mitos do individualismo moderno: Fausto. Em nossa análise, discutiremos o personagem protagonista tendo em vista a dialogia proposta por Ganem ao remitificar este que é um dos grandes mitos ocidentais. Para isso, utilizaremos como elementos de discussão estudos como os de Joseph Campbell, Jerusa Ferreira e Darío Henao Restrepo.


Palavras-chave


Fausto; Literatura Infantil; Mitos do Individualismo Moderno

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DOI: 10.3895/rl.v19n24.5570

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