Mickey, Zé Colmeia e Cia: vertentes do cinema de animação (1920 – 2015)
Resumo
Resumo
Índices expressivos de bilheteria atestam que o gênero animação é aclamado por crianças e adolescentes, embora não integre, de maneira efetiva, o cotidiano escolar, que prioriza a leitura do cânone literário a partir de uma proposta metodológica ainda didatizadora, monológica e estruturalista. Os desenhos animados, desse modo, penetrariam nas unidades de ensino como gênero marginal, vivo e incisivo nas falas e comportamentos dos alunos. Tendo em vista esse quadro, a presente pesquisa tem como principal objetivo problematizar as propostas estéticas veiculadas em desenhos tradicionais e contemporâneos, produzidos, divulgados e comercializados em diferentes países. Para tanto, a investigação, fundamentada no dialogismo bakhtiniano, analisou duzentas e quinze produções lançadas ao longo de quase cem anos, comercializadas em DVDs ou disponibilizadas na internet, especificamente no You Tube. Almeja-se, desse modo, a partir dos recursos empregados pelos estúdios na tecitura do texto visual e das múltiplas vozes instauradas ao longo dos desenhos, identificar as propostas artísticas tanto em narrativas mais “formais”, veiculadas entre os anos de 1960 e 1970, quanto nas produções mais “arrojadas”, firmadas após a década de 1990, de natureza polissêmica e emancipatória, marcadas pela metalinguagem, pela polifonia, pela incidência de heróis excêntricos, por anacronismos, pelas inúmeras alusões à cultura pop e, em especial, pela intertextualidade.
Palavras-Chave: desenho animado; estética; dialogismo; infância; ideologia.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rl.v19n24.5260
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