A RECONSTRUÇÃO FICIONAL DA HISTÓRIA EM 1984 DE GEORGE ORWELL

Evanir Pavloski

Resumo


A literatura utópica não é apenas um gênero recorrente ao longo da história humana, mas também uma perspectiva crítica que, por meio de elementos narrativos característicos, problematiza os próprios conceitos e parâmetros da História enquanto ciência e da historiografia enquanto seu relato documental. Tanto pelo congelamento do tempo, aspecto indelével das sociedades utópicas, quanto pela manipulação do fluxo histórico, retrospectiva ou prospectivamente, as projeções literárias do utopismo atraem a atenção do leitor para uma análise crítica do tempo presente e suas supostas imperfeições. Nessa dinâmica, o romance 1984 de George Orwell se destaca não somente pelos aspectos retóricos citados acima, mas também por incluir a historiografia como um dos seus principais temas. Assim, o presente artigo objetiva analisar a autoritária manipulação dos registros históricos na sociedade distópica de 1984 e suas implicações para o fortalecimento do sistema de controle projetado na obra.

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DOI: 10.3895/rl.v15n17.2381

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