Inclusão da pessoa com deficiência intelectual na escolarização: como oportunizar uma formação humana frente a “Pedagogia Capitalista”

Dinéia Ghizzo Neto Fellini, Joseane Scalabrin Neinas, Dayane Buzzelli Sierra Hessmann

Resumo


O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica que aborda aspectos sobre a humanização da pessoa com deficiência intelectual (DI) frente a escolarização voltada ao mercado de trabalho, que tem assumido uma formação fragmentada e deficitária. O fator preponderante dessa discussão aporta-se na “defesa” de uma educação inclusiva que tem se apresentado falaciosa, a partir de discursos empregados por organismos internacionais, mais precisamente pela Declaração de Salamanca (1994), sendo preconizada, principalmente nos países da América Latina, em decretos, leis e diretrizes de caráter nacional. Indiscutivelmente, constata-se que a escola tem seguido as preconizações estabelecidas para a oferta da escolarização para todos, fomentada a partir de 1990 com a Conferencia de Jomtien, contudo, observa-se que a inclusão dos alunos com deficiência, Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD) e Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD), tem se apresentado defasada, cujo os entraves, principalmente quando se trata do aluno com DI, refletem a falta de preparo dos profissionais, a inexistência de materiais pedagógicos adaptados, a lacuna existente em relação ao currículo empregado, práticas pedagógicas descontextualizadas com a realidade do aluno, entre outros. Além disso, a carência de investimentos por parte dos governos tem evidenciado a ineficácia da educação inclusiva. Contudo, para a Teoria Histórico-Cultural, reflexões a respeito da formação dos alunos com deficiência se tornam necessárias a partir da perspectiva de um desenvolvimento pautado nas suas capacidades de compensação. A escola de Vygotsky aborda que os conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade se revelam como indispensáveis para o desenvolvimento das funções psíquicas superiores (FPS). Os conhecimentos eruditos e a língua são atribuídos como instrumentos mediadores desse processo. Contudo, a mediação docente também deve ser considerada para o desenvolvimento da criança, além do ensino organizado, elementos tão necessários, diante da atual conjuntura, cuja formação para o mercado de trabalho tem se cristalizo gradativamente.


Palavras-chave


inclusão; Teoria Histórico-Cultural; formação docente

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DOI: 10.3895/recit.v11.n26.11606

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