Prevalência da Síndrome de Burnout em profissionais da Atenção Primária durante a pandemia do Covid-19
Resumo
OBJETIVO: Estimar a prevalência e os fatores associados à Síndrome de Burnout nos profissionais de saúde que atuam na atenção primária de saúde (APS).
MÉTODOS: Trata-se de um estudo analítico, transversal e abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 210 profissionais de saúde da atenção primária durante a pandemia do COVID-19. Os instrumentos utilizados na coleta de dados foram: um formulário de coleta de dados sociodemográficos, ocupacionais e comportamentais e o Maslach Burnout Inventory (MBI) em sua versão Human Services Survey (HSS). A associação entre as variáveis estudadas e a prevalência da síndrome de Burnout foi verificada por análise bivariada seguida de regressão de Poisson, com variância robusta.
RESULTADOS: Participaram do estudo profissionais de saúde que atuavam na APS de Montes Claros, zona urbana e rural. A maioria dos entrevistados tinha até 36 anos de idade. Quanto as variáveis que compõem as SB, a maioria apresentava sintomas de exaustão e depressão e baixa realização profissional. Quanto a presença da SB, dos profissionais avaliados, a maioria apresentava sintomas. A variável que, após análise múltipla, se mostrou associada à maior prevalência de SB foi: apresentar boa percepção do estado de saúde atualmente (p=0,000). A cor de pele não branca apresentou fator protetor para a SB (p=0,044).
CONCLUSÕES: A prevalência da síndrome de Burnout em profissionais da área da saúde na atenção primaria que estavam na linha de frente na pandemia da COVID-19 foi alta e fatores sociodemográficos e clínicos se mostraram como preditores da síndrome.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rbqv.v14n0.14995
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