Aporte de nutrientes em solos tratados com lodo de esgoto: estudo de caso da região de Campo Mourão, Noroeste do Paraná

Marco Aurelio Knopik, Rubens Rufine, Simone Bittencourt, Francielli Gasparotto

Resumo


O lodo de esgoto apresenta quantidade significativa de matéria orgânica e nutrientes, sendo benéfico seu uso em áreas agrícolas. Este estudo de caso apresenta os resultados da destinação agrícola do lodo produzido nas Unidades de Gerenciamento de Lodo (UGLs) da Região de Campo Mourão, noroeste do estado do Paraná, no período de 2012 a 2016. O processo segue as determinações da Resolução da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) 021/09 e inclui controles quanto aos odores, à contaminação por substâncias orgânicas e inorgânicas poluentes e aos microrganismos que podem causar doenças. Analisou-se o resultado de 15 lotes de lodo de esgoto aplicados em áreas agrícolas no período. Foram destinadas 5.244 t (3.262 t de sólidos totais), que promoveram um aporte médio ao solo de 912 kg ha-1 de carbono orgânico, 582 kg ha-1 de cálcio total, 160 kg ha-1 nitrogênio total, 143 kg ha-1 de magnésio, 24 kg ha-1 de fósforo, 22 kg ha-1 de enxofre, 6 kg ha-1 de sódio, 4 kg ha-1 de potássio e de 2,15 kg ha-1 e 0,76 kg ha-1, respectivamente para os micronutrientes zinco e cobre. A aplicação agrícola, por meio da elaboração de 30 projetos agronômicos, beneficiou 14 agricultores, que reduziram a compra de fertilizantes e calcário, evitando um custo médio por hectare de R$ 539,56. Desta forma, a atividade vem proporcionando a destinação adequada do material sob os aspectos sanitário, ambiental e social.

Palavras-chave


Biossólido; Reciclagem agrícola; Resíduo de Saneamento

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DOI: 10.3895/rbpd.v7n3.8597

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