Estudo sobre a construção econômico-política da rede de produção de energia eólica no Brasil
Resumo
A geração de energia eólica no Brasil alcançou, em 2022, cerca de 13% de participação na matriz elétrica nacional e, com o potencial de 25,63 GW, o setor se tornou capaz de abastecer 41,5 milhões de casas. Apesar do promissor cenário de expansão desta forma de “energia limpa”, a maneira como os investimentos públicos têm priorizado empresas transacionais e as transformações sócio-econômico-ambiental nas localidades dos parques exigem uma análise complexa sobre a construção da política de energias renováveis no Brasil. O presente texto tem o objetivo de analisar os contornos gerais da expansão dos parques eólicos evidenciando a construção política do arranjo organizacional entre empresas-estado-agentes locais. Para tanto, usaremos o referencial teórico da Rede Global de Produção, que permite analisar como localidades são transformadas por fluxos de capital, trabalho, conhecimento e poder e, por outro, como tais fluxos são implicados por aspectos institucionais, econômicos e sociais inerentes a estas localidades. Nos lastrearemos em revisão bibliográfica e em dados secundários como o Sistema de Informações de Geração da ANEEL (SIGA), os dados abertos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rbpd.v14n1.17262
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