Agroecologia e agricultura familiar sustentável: percursos e estratégias para transição
Resumo
Este estudo visa identificar e analisar os percursos e estratégias adotadas pelos trabalhadores camponeses para realizar a transição agroecológica na agricultura familiar. Assim, busca-se aqui compreender, ainda que sinteticamente, a relevância do associativismo cooperativista adotados pelos agricultores familiares enquanto estratégia organizacional para socializar possibilidades da produção de base ecológica sob enfoques nos fundamentos da ciência agroecológica. A transição resultará da compreensão e aceitação desse novo paradigma de desenvolvimento sustentável com ações coletivas fundamentadas em novos valores, princípios e manejos. Ainda, deverá haver reivindicações e acesso às políticas públicas setoriais afins a sustentabilidade socioambiental: ATER de base agroecológica; mercados curtos via PAA, PNAE; feiras livres agroecológicas e etc. O estudo apontou que a transição é factível, viável e estrategicamente se inicia pelas dimensões subjetivas resultantes de momentos coletivos de análises e reflexões provocados pelas organizações sociais rurais, em seguida, começam as mudanças objetivas nas unidades de produção familiar. A utilização dos fundamentos da agroecologia na agricultura familiar poderá alterar as sociabilidades e consequentemente proporcionar relações sociais mais respeitosas que priorizem a preservação dos ecossistemas e valorizarem as expressões culturais, sociais, ambientais, políticas e econômicas. O percurso metodológico utilizado apoiou-se na abordagem qualitativa e fundamenta-se nos princípios da revisão sistemática de literatura.
Palavras-chave
Agricultura familiar; Mudança de paradigma; Organização coletiva; Sustentabilidade; Transição agroecológica.
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PDFDOI: 10.3895/rbpd.v12n1.15189
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