Movimentos sociais rurais na constituição da categoria agricultura familiar na Argentina

Regis da Cunha Belem

Resumo


Agricultura familiar, termo que tem tido sua utilização ampliada nos países do Mercosul e da América Latina, tem no Brasil importante impulsionador dessa difusão, com usos no campo das políticas públicas, bem como entre pesquisadores e movimentos sociais rurais. Na Argentina, a institucionalização dessa categoria na esfera do estado é atribuída ao protagonismo brasileiro na criação, no ano de 2004, da Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar – REAF –, instância oficial do Mercosul. Mas, desde a primeira metade dos anos 1990, uma forte relação entre organizações representativas de agricultores dos países já estava em andamento e a fundação da Coordenadora das Organizações de Produtores Familiares do Mercosul – Coprofam – é expressão daquelas iniciativas em curso. O diálogo entre as organizações e movimentos sociais rurais dos quatro países subsidiou a atuação interna, no âmbito dos estados nacionais, dessas organizações e movimentos. A constituição, na Argentina, da Mesa Nacional de Organizações de Produtores Familiares, em 1995, ocorre no âmbito deste diálogo. Com base na análise de documentos produzidos por essas instâncias de articulação, este trabalho procura apresentar alguns elementos deste processo de diálogo estabelecido, evidenciando o esforço conduzido que encontra no termo agricultura familiar a expressão de projetos compartilhados.


Palavras-chave


agricultura familiar; movimentos sociais rurais; políticas públicas; Mercosul; REAF.

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DOI: 10.3895/rbpd.v9n5.13519

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