Hidrelétrica Peixe-Angical – Peixe, Tocantins: o discurso desenvolvimentista na Amazônia Legal
Resumo
Este artigo analisa as percepções dos atores locais sobre o processo de desenvolvimento regional do município de Peixe -TO com a construção da Usina Hidrelétrica Peixe Angical (UHE) ocorrida entre os anos de 2002 e 2006. Por meio de entrevistas semiestruturadas, foi captada a percepção dos atores locais, dentre agentes políticos, econômicos e sociais. As entrevistas foram processadas pela metodologia Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), permitindo um tratamento da fala daqueles que vivenciaram todas as fases de integração da UHE ao contexto regional, fundamentado pela teoria institucionalista de Douglass North. Os DSCs expressaram a alteração das relações sociais pré-existentes com o crescimento da população urbana e o estabelecimento na região dos migrantes que chegaram com o empreendimento. Ao tratar do período de construção da usina, as percepções se dividem entre a sensação de surpresa e apreensão com a concentração de pessoas, a falta de estrutura e insegurança durante as obras e o fluxo de renda, criando oportunidades de ganhos financeiros. Em se tratando do legado da UHE, os participantes apresentaram opiniões distintas, em que pese compreendem a importância do empreendimento como fonte de arrecadação e as benfeitorias deixadas pelo grupo empreendedor, à custa das externalidades negativas ao meio ambiente.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rbpd.v10n4.12230
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