O papel de programas sociais no combate à pobreza e à desigualdade na distribuição de renda no Brasil
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar os efeitos de políticas sociais no combate à pobreza e desigualdade da distribuição de renda no Brasil nos anos de 2016 e 2017. Foram utilizados os microdados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) no intuito de encontrar as chances de os chefes de domicílios estarem vivendo em situação de pobreza e observar a participação de programas sociais no rendimento destes indivíduos. Para tal finalidade, foi realizada uma estimação do modelo logit e cálculos de índice de desigualdade e pobreza. Os resultados encontrados apontam que há uma desigualdade na distribuição dos rendimentos por gênero e que as mulheres chefes de domicílio têm nos programas sociais uma maior parcela na composição de suas rendas, quando comparadas aos homens. Quando analisado por escolaridade, a participação de programas sociais no rendimento reduz conforme o aumento de anos de estudos. A intensidade e a severidade da pobreza são maiores nos chefes de domicílio do sexo feminino. Para os programas sociais, as estimativas evidenciam efeitos positivos no alívio imediato da pobreza. No entanto, foi encontrado que chefes de família não brancos, moradores da região rural e do Nordeste brasileiro têm maiores chances de vivenciar a pobreza no Brasil.
Palavras-chave
indicadores de desigualdade; políticas sociais; economia social.
Texto completo:
PDFDOI: 10.3895/rbpd.v10n3.11384
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.