Melhorias e perspectivas obtidas com o uso do Galileo no posicionamento GNSS em linhas de base longas

Thomas Felipe de Lima, Paulo Sérgio de Oliveira Júnior, João Francisco Galera Monico, Maria Carolina Kmiecik

Resumo


Os últimos 50 anos foram marcados por grandes avanços tecnológicos devido às necessidades econômicas, civis e militares da população mundial. Na década de 70, o surgimento do sistema norte-americano denominado como Navstar-GPS (Navigation System Using Timing And Ranging - Global Positioning System) foi responsável por revolucionar o posicionamento e a navegação. Em paralelo, o governo da extinta União Soviética desenvolveu um sistema concorrente ao GPS, denominado GLONASS (Globalnaya Navigazionnaya Sputnikovaya Sistema). À medida que esses sistemas foram aprimorados, outros países começaram a utilizá-los em aplicações de grande relevância, tais como navegação aérea, marítima e mesmo terrestre, além de muitas outras atividades em que o conhecimento da posição se faz necessário. Com o passar do tempo, outros países começaram a investir recursos financeiros para desenvolver e colocar em órbita seus próprios satélites de posicionamento. Desde março de 2018, a constelação da União Europeia, denominada como Galileo, se tornou operante. O Galileo é o primeiro sistema desenvolvido para fins civis a priori. Apesar de ser novo em comparação aos sistemas americano e russo, espera-se que a constelação Galileo forneça uma melhora significativa em sua acurácia para posicionamento, proporcionando maior segurança e qualidade nos produtos obtidos. Nesse sentido, o presente artigo visa avaliar os ganhos e perdas obtidos considerando as componentes das coordenadas no sistema geodésico local, N (norte), E (leste e perpendicular a N) e U (normal ao elipsoide de referência), no posicionamento relativo com linhas de base longas na região brasileira, com a incorporação do sistema Galileo no posicionamento pelo GNSS. Como resultados obteve-se ganhos planialtimétricos de até 25%.


Palavras-chave


GNSS; Galileo; Posicionamento Relativo

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DOI: 10.3895/rbgeo.v10n4.15369

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