Um olhar para a sala de aula invertida no ensino de Ciências

Resumo

Esta pesquisa é de cunho qualitativo e visa estabelecer um panorama acerca das metodologias ativas, em especial, a sala de aula invertida, e a suas potencialidades como uma possível alternativa à metodologia de ensino tradicional. O ensino de ciências é fortemente marcado pela racionalidade técnica que esvazia o processo de ensino-aprendizagem, reforçando a atitude de memorização de conceitos e equações descontextualizadas da realidade. As metodologias ativas podem ser uma alternativa a esta visão fragmentada da ciência que prejudica o ensinar e o aprender. Neste sentido, este artigo apresenta uma análise crítica de implementações da metodologia de sala de aula invertida na área de ciências que podem ser entendidas como um contraponto ao modelo tradicional de ensino nas escolas. Assim, para investigar essa temática utilizou-se a metodologia da revisão integrativa da literatura para responder a seguinte questão: o que dizem as pesquisas publicadas no triênio 2020-2022 e indexadas nas bases de dados Periódicos Capes e Scielo sobre o emprego da metodologia da sala de aula invertida no ensino de ciências? Foram analisados cinco artigos publicados em periódicos, em português, de acesso aberto, que tratam especificamente do tema. Os resultados apontam que a sala de aula invertida propõe um ensino personalizado, que os materiais disponibilizados são um ponto de partida para os estudantes buscarem novos conhecimentos, e que há uma otimização do tempo. Chega-se à conclusão de que a metodologia é uma alternativa viável ao ensino tradicional, desde que utilizada com objetivos e recursos pedagógicos bem construídos que promovam uma aprendizagem crítica.