Uma exploração antropológica do rastro digital da CPI da Pandemia para a educação em ciências

Daniel Pigozzo, Matheus Monteiro Nascimento

Resumo


O presente trabalho busca demonstrar o potencial do contato dialógico entre a antropologia digital e a educação em ciências através de um estudo exploratório do rastro digital de um evento de grande relevância política que mobilizou diversas questões sociocientíficas: a CPI da Pandemia. Seguindo os princípios de uma etnografia virtual, partimos de fontes oficiais como as transcrições e atas do processo. A partir delas, nosso objetivo foi analisar, através da filosofia da linguagem de Mikhail Bakhtin, aquilo que possui conexão direta com assuntos de interesse da pesquisa em educação em ciências: enunciados sobre a natureza das ciências, sobre os conteúdos ou os métodos das ciências ou, ainda, sobre os indivíduos, as instituições e as comunidades científicas. Buscamos analisar especificamente aquilo que apresenta potencial para ser usado como artefato cultural no debate público para favorecer ou prejudicar a autoridade de cientistas e a confiança nas ciências.


Palavras-chave


CPI da Pandemia; Antropologia digital; Etnografia virtual; Educação em ciências; Mikhail Bakhtin

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DOI: 10.3895/etr.v7n1.16707

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