Relações de gênero e sexismo na educação profissional e tecnológica

Sabrina Fernandes Pereira Lopes, Raquel Quirino

Resumo


0px; ">No Brasil, a educação profissional técnica de nível médio, embora abrigue um número cada
vez maior de mulheres, ilustra uma realidade de desigualdade, na qual os marcadores e
estereótipos de gênero influenciam as escolhas profissionais das estudantes. Dados do INEP
(2015) evidenciam que em todo o Brasil as mulheres se concentram em cursos cujas áreas
de atuação reportam ao cuidado e a uma estreita ligação com o trabalho doméstico, tais
como os cursos dos eixos tecnológicos: Ambiente e Saúde e Turismo, Hospitalidade e Lazer.
O presente trabalho, derivado de uma pesquisa de mestrado, analisa as escolhas realizadas
por alunas por um determinado curso técnico em detrimento de outros. Utilizou-se um
levantamento documental em uma instituição da Rede Federal de Educação Profissional e
Tecnológica e análise do discurso de alunas dos cursos com maior e menor concentração
feminina na instituição. Os resultados evidenciam deslocamentos e permanências na
dinâmica das relações de gênero durante o acesso e permanência na Educação Profissional
e Tecnológica, destacam os preconceitos presentes nos cursos de maioria masculina e a
continuidade da maior participação feminina em cursos relacionados às habilidades vistas
como inatas nas mulheres. No entanto, evidencia-se uma crescente convicção das alunas
sobre a assertividade de suas escolhas e uma resistência à ideia hegemônica de que áreas
técnicas altamente feminizadas sejam desvalorizadas social e economicamente.

Palavras-chave


Relações de gênero; Sexismo; Educação profissional e tecnológica.

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DOI: 10.3895/cgt.v10n36.7676

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