O dito e não dito acerca das relações de gênero no cotidiano das aulas de matemática

Lindamir Salete Casagrande, Marilia Gomes de Carvalho

Resumo


O objetivo deste artigo é apresentar uma parcela dos resultados da pesquisa para realização da tese de doutorado cujo objetivo foi analisar as relações de gênero no cotidiano das aulas de matemática de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental. A pesquisa foi realizada em um colégio da rede estadual de ensino de Curitiba, capital do Estado do Paraná, Brasil. A pesquisa foi baseada no método etnográfico com observação, entrevista e análise de documentos. A análise foi feita com base na teoria de gênero buscando identificar o dito e não dito acerca das relações de gênero presentes naquele espaço. Os resultados apontam um silenciamento das relações de gênero e das alunas. Elas parecem ter absorvido a ideia de que devem ouvir mais do que falar, de que não devem se expor. Apontam ainda a necessidade que alunos e alunas tem de serem reconhecidos/as como pertencentes ao grupo. Essa necessidade contribuía para seu silenciamento. Professores/as e alunos/as percebiam as meninas como passivas e organizadas e os meninos como ativos e criativos. De modo geral, as percepções eram baseadas em estereótipos do que é ser homem ou mulher na sociedade atual, fato que demonstra que desde muito cedo estes estereótipos são absorvidos por meninas e meninos e passam a fazer parte de suas formas de pensar e ver as relações cotidianas.

Palavras-chave


: Relações de gênero; Aulas de matemática; Alunos e alunas.

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DOI: 10.3895/cgt.v9n33.6194

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