Autogestão nas Empresas Recuperadas por Trabalhadores: uma análise do caso Cooperminas

Vicente Nepomuceno, Fernanda Santos Araujo, Denise Alvarez, Marcelo Figueiredo

Resumo


A Cooperminas é uma mineradora de carvão que foi recuperada pelos trabalhadores na década de 1980. A recuperação de empresas é uma prática desenvolvida por trabalhadores que assumem a gestão de empresas falidas numa perspectiva autogestionária. O objetivo deste artigo é analisar a autogestão na Cooperminas a partir do registro de algumas práticas de gestão desenvolvidas pela cooperativa no seu processo de recuperação. As práticas de gestão analisadas foram: eleição para direção; Assembleias Gerais e outras formas de participação; relação entre cooperados e contratados; e saúde e segurança do trabalho. A metodologia aplicada no trabalho de campo que originou essa análise foi orientada pela Análise Ergonômica do Trabalho. Os resultados apreendidos mostram que as práticas de gestão na cooperativa apresentam avanços e contradições na perspectiva autogestionária. Por um lado observou-se a criação de novos espaços e formas de participação e maior distribuição de poder na gestão da empresa. Por outro, entretanto, nota-se que permanecem traços significativos de separação entre concepção e execução que se apresentam como limites para avançar no sentido da autogestão.

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DOI: 10.3895/rts.v11n22.3134

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