A historicidade do benzeno: a construção de um artefato tecnocientífico sob o olhar dos estudos CTS

Ana Carolina Ribeiro Menezes, Bráulio Silva Chaves, Ildenfonso Binatti

Resumo


Busca-se investigar a historicidade do benzeno, um hidrocarboneto aromático que pode apresentar atividade carcinogênica, a partir de três momentos-chave. No século XIX, a definição da estrutura química do benzeno esteve associada ao químico August Kekulé (1829-1896), em que se misturaram as narrativas sobre seu sonho com uma serpente agarrada à própria cauda, que teria inspirado a formulação, às polêmicas em torno da preterição do químico Johann Josef Loschmidt (1822-1895), que teria feito uma proposta estrutural anteriormente. Em um segundo momento, no século XX, a indústria petroquímica entra em cena, mobilizando o mercado capitalista para decodificá-lo como artefato tecnocientífico. Por fim, abordam-se as polêmicas, a partir de 1980, sobre a toxicidade e como tais discussões impactaram as legislações brasileiras. Conclui-se sobre a importância da historicidade para perceber o benzeno entrelaçado a um conjunto de redes, sujeitos, instituições e complexos industriais.

Palavras-chave


Benzeno; Tecnociência; CTS; Historicidade; História da química.

Texto completo:

PDF


DOI: 10.3895/rts.v20n61.17626

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2024 CC-BY

Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
ft_peri

Av. Sete de Setembro, 3165 - Rebouças CEP 80230-901 - Curitiba - PR - Brasil

logo_utfpr