Oficinas de grafismo Karajá em bonecas de pano: um olhar para a cultura indígena em projeto de extensão universitária
Resumo
Debatemos neste artigo a modalidade oficina como proposta do projeto de extensão: “diversidade cultural indígena na sociedade brasileira”. Problematizamos as questões de reconhecimento da diversidade cultura dos povos originários brasileiros. Com o propósito de ampliar os saberes referentes aos povos originários para aqueles/aquelas que visitam o Museu de Arte Indígena (MAI), situado na cidade de Curitiba-PR, e estreitar possibilidades educativas ofertamos, oficinas de grafismo Karajá em bonecas de pano, feitas com resíduos têxteis. Dessa forma, nos pautamos em aspectos metodológicos da pesquisa-ação, dentre eles as abordagens qualitativas, interpretando crenças, valores, sentimentos e percepções, e as oficinas, que se transformaram no caminho oportuno de ação no campo. Assim sendo, utilizamos, para registro das ações, o diário de campo composto por falas, reações e imagens fotográficas dos participantes, que foram essenciais para compreender as dinâmicas de contextos que vivem os povos originários no Brasil. O centro das atenções esteve na interpretação dos participantes, na formação de experiências e na potência das oficinas como parte da educação patrimonial em vias de reconhecimento da cultura indígena. Neste caminhar de muitas vias, em que a pesquisa, as pesquisadoras e os participantes travaram diálogos e interagiram, grafar as bonecas inspiradas na cultura karajá permitiu a construção coletiva de universos simbólicos deste grupo específico de indígenas.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rts.v19n58.16331
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