Desenvolvimento e sustentabilidade no programa de mestrado em tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

Maclovia Corrêa da Silva, Eloy Fassi Casagrande Júnior

Resumo


Neste artigo discutem-se as relações e a estrutura de organização e criação de conhecimentos e da práxis de uma linha ambiental de pesquisa. Ela, enquanto mediadora de investigação entre conhecimentos humanos e tecnológicos, está incubada no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A dimensão interdisciplinar alcança o ensino, a pesquisa e a extensão. O compromisso desta configuração educativa promoveu condições e ambiente para concretizar relações de reciprocidade entre a tecnologia, o homem e a natureza. Dois anos depois da criação do Programa de Mestrado em Tecnologia, em 1995, o Professor João Augusto Bastos, visando o fortalecimento do conjunto de instituições que formavam o sistema de educação tecnológica, permitiu a expansão das discussões para um o domínio socioambiental, aproximando conhecimentos teóricos e práticos de um campo emergente fundamentado no pensamento sistêmico das relações entre o ser humano e a natureza. Um aprofundamento metódico desses conteúdos pedagógicos e a formação de quadro docente abriram novos rumos para as discussões de tecnologia e desenvolvimento sustentável. O pensar científico para desenvolver habilidades e competências de reflexão sobre o conjunto de dimensões do meio ambiente estimulou a especialização, dando origem à idéia da criação de disciplinas e grupo de estudo. Construído com as características da interdisciplinaridade, o Grupo de Pesquisa Tecnologia e Meio Ambiente – T E M A – tem como objetivo maior, desde sua criação em 2001, reunir pesquisadores que façam as comunicações entre os diversos campos científicos para analisar as circunstâncias históricas, culturais, sociais, éticas e econômicas que interferem nas conjunturas de ameaça à destruição descomprometida da natureza e, consequentemente, da vida no Planeta. Superar esta situação implica em coordenação de esforços nas pesquisas que assegurem o intercâmbio de benefícios, requer mudanças constantes, o cultivo de novos valores, a participação ativa e crítica das universidades na tomada de decisões, estudos de viabilidade de execução de projetos ambientais ainda não existentes, e em entender como as especializações da técnica e da tecnologia podem ser orientadas para o proveito do meio ambiente onde vive a Humanidade.

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