Possibilidades e dificuldades das mulheres negras no processo de formação em serviço social
Resumo
O presente artigo tem por objetivo compreender quais foram as possibilidades e dificuldades que se materializaram no processo de formação das egressas negras do curso de Serviço Social de uma Instituição Privada no Município de Curitiba/PR. O interesse pela temática teve início a partir da compreensão das questões de gênero e étnico raciais vivenciadas nas discussões do grupo de pesquisa Trabalho, gênero, e violência doméstica e familiar (GETRAVI) a partir de 2014. Através dos encontros e dos debates no grupo de pesquisa se observou que as mulheres acumulam triplas jornadas de trabalho e nesse sentido buscamos compreender como se materializou o processo de formação das mulheres que se auto declararam negras. Por compreendermos que essas mulheres, na atualidade, ainda enfrentam índices de discriminação em maior amplitude que as mulheres que auto se declaram brancas, optou-se pelo recorte étnico racial nessa pesquisa. Sendo assim, realizamos uma pesquisa qualitativa por meio da aplicação de um questionário semiestruturado sendo que o universo da pesquisa considerou 66 egressas negras e desse público, apenas quatro aceitaram contribuir com a pesquisa. Após as análises dos dados, observou-se que uma das dificuldades explicitadas nas falas, foi a questão do racismo velado no espaço acadêmico e, em relação as possibilidades, algumas falas apresentaram o aumento da autoestima, do empoderamento enquanto mulher e negra diante dos obstáculos vivenciados na jornada acadêmica.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/cgt.v12n40.9486
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