Mulher, raça, ciência e livro didático: leitura feminista interseccional do caso de Henrietta Lacks

Ayane de Souza Paiva, Elenita Pinheiro de Queiroz Silva

Resumo


Este artigo analisa a presença do caso Henrietta Lacks em livros didáticos de Biologia brasileiros. A partir da noção de livro didático como artefato cultural e fonte de informação sobre diversos temas e casos controversos da história da ciência, e de perspectivas feministas e da interseccionalidade, o presente estudo discute as intersecções raça e gênero no texto didático. Para tanto, analisamos livros de 10 coleções de Biologia submetidos e aprovados no Edital do Programa Nacional do Livro Didático, 2018. Na análise, adotamos referenciais da alterização científica e do feminismo interseccional, que permitiram tensionamentos na apresentação de certa história da ciência. Os resultados indicam o apagamento/silenciamento do caso Henrietta Lacks/das células HeLa e a raridade/insuficiência do debate ético-político. Tal fato indica para o esvaziamento formativo de debates sobre raça e gênero na produção da ciência. A perspectiva interseccional pode contribuir para um ensino de biologia anti-opressão.

 


Palavras-chave


Henrietta Lacks. Livros Didáticos. Ensino de Biologia. Feminismo Interseccional.

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DOI: 10.3895/cgt.v16n47.14550

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