Tecnologias sociais feministas em experiências de mulheres de ocupações urbanas
Resumo
Este artigo tem como questão central refletir sobre as práticas cotidianas de resistência de mulheres negras e economicamente empobrecidas de ocupações urbanas. Com isso, objetiva-se evidenciar tecnologias sociais feministas de sobrevivência forjadas por essas mulheres, quais sejam, o ato de falar, se autodefinir, as dinâmicas de cuidado, maternidade e coletividade. O trabalho é construído a partir de metodologias feministas, e, mais especificamente, do conhecimento situado, interseccionalidade e subalternidade. Ainda, adota-se como métodos a etnografia e realização de roda de conversa e entrevistas semiestruturadas em profundidade. Observa-se, por meio da presente reflexão, o conteúdo político das práticas mencionadas, que reorganizam noções de público, privado, político e pessoal e se desdobram na interpendência como projeto de sociedade, necessariamente vinculado à urgência de revisão minuciosa dos processos sociais de produção e reprodução.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/cgt.v15n46.14422
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