Doentes de verdades: o homem e a morte em tempos de COVID-19

Daniel Fauth Washington Martins, Altieres Edemar Frei

Resumo


O presente trabalho crítico-clínico é fruto do contágio temático-viral amplo gerado pela conjuntura pandêmica da COVID-19. Toma-se por problema central a maior mortandade de sujeitos-homens face à doença, buscando-se, primeiramente, a resposta da pergunta: quem são os sujeitos-homens que mais morrem, e o que nos revela tal relação com a morte? A metodologia cirúrgico-narrativa e analítico-bibliográfica tem por propósito delimitar no corpo adoecido o alojamento deste Homem (com agá-maiúsculo) que parece apresentar-se como fator de risco, uma vez que se considera a construção identitária a partir das lentes da teoria da performatividade. Assim, lançando mão da instrumentação teórica apta a perfurar, cortar, extrair e emendar palavras-seres, busca-se evidenciar, como resultado, que o homem que morre é, antes de tudo, um construto histórico, político, um ser cujo corpo é a própria história, cujo poder é o silêncio, e que coloca a morte como componente intrínseco à sua vida..


Palavras-chave


COVID-19; Masculinidade; Necropolítica; Gênero.

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DOI: 10.3895/cgt.v14n43.12167

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