“Sou cotista. Pra mim o sistema de cotas foi um avanço (...)”: narrativas de mulheres negras ex-cotistas do curso de pedagogia

Kelly da Silva, Anderson Ferrari

Resumo


Este artigo é parte de uma pesquisa mais abrangente interessada na inserção histórica de mulheres negras na Universidade do Estado de Minas Gerais a partir da política de cotas. Foram entrevistadas cinco professoras negras ex-cotistas da primeira turma a ingressar no curso de Pedagogia em 2004. Todas elas hoje são professoras da rede pública de ensino e levam para suas práticas as experiências dos atravessamentos de gênero e raça que incorporaram na formação inicial. Assumindo a perspectiva pós-estruturalista, de inspiração foucaultiana, trabalhamos como as narrativas como estratégia de constituição dos sujeitos, problematizando a construção histórica dos sujeitos. Nosso objetivo era conhecer a trajetória dessas mulheres e analisar, historicamente, os avanços e as conquistas do Movimento Negro, sua repercussão na vida da população negra e os desafios ainda existentes para as temáticas de gênero e raça.


Palavras-chave


narrativas; mulheres negras; educação; formação inicial.

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DOI: 10.3895/cgt.v14n44.12107

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